Era [janeiro]. Mas um [janeiro] desses atípicos, em se tratando de seu Rio. Aquele homem estava relaxado sobre a poltrona. Tomou o livro que se encontrava sobre a estante, no título: "[memórias póstumas de brás cubas]"; enquanto muitos [leem] [O Código da Vinci], ele preferia os clássicos.
Sempre foi daqueles que se importavam com a [literatura] de forma [extraescolar], não fazia [ideia] da causa disso, muito menos parou pra analisar sua situação. Simplesmente era. Não que acreditasse em cara[c]terísticas inatas, pra falar a verdade, as desconsiderava. É que tinha preguiça, e ao fim de tudo, não tinha argumentos nem pra contrariar, nem pra concordar. Simplesmente, não sabia a razão.
Guardara o livro. Por hoje era só, não [aguentava] mais ler.
Era 1º de janeiro e, se a leitura não ajuda, recorre aos escritos. Retoma o de um dia antes e recorda-se.
Recorda-se que todas as palavras entre colchetes que havia grafado, eram futuro um dia antes, eram presente naquele momento.
Os que [veem] acham estranho. Ele, era contra. Aquilo atrapalhara a evolução natural da língua. Mas, enfim, regras são regras. Contrariado, com um sorriso amarelo, ele exalta o novo acordo ortográfico.
4 comentários:
"Contrariado, com um sorriso amarelo, ele exalta o novo acordo ortográfico."
Acrescento também o meu sorriso amarelo
Adorei estes versos acima...
Os clássicos da literatura vão parecer ainda mais arcaicos para as próximas gerações...
Há beleza no antigo... É com tristeza que me despeço do trema...
Com freqüência (ops, frequencia), me pegarei usando-o...
É...
Sinceramente, não saberei mais escrever.
Pelo menos, não como os modernos.
Continuarei arcaico!
Ha ha.
Tanta gente (formada e tudo!)ainda não aprendeu nem a regra atual, com essa agora...
Bota sorriso amarelo nisso.
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