domingo, 3 de maio de 2009

Na hora do jogo


Faz tempo que não sei por onde você anda
Nem ao menos ouço a sua voz
Mas também de que ela me serviria se as palavras não seriam mais as mesmas?
Mesmo juntos, me acostumei com sua ausência
Mas gostava de imaginar onde você estava, o que estava fazendo
Às vezes por ciúme e insegurança, às vezes apenas por saudade
Depois eu saberia se minha imaginação estava certa
Ficaria feliz ou ficaria triste
Agora fico apenas nostálgica
Com a dualidade da palavra:
Tristeza e alegria aglutinadas
Entre memórias e apostas
A certeza só me vem na hora do jogo
Posso ver você aos berros quando o Flamengo lidera a partida
E chego a tapar os ouvidos por causa de tantos palavrões quando o time adversário empata
Ouço sua voz na vitória, nas músicas da torcida
Não sou fã de futebol, mas às vezes dou uma espiada só para sentir o prazer de ver o mesmo que você
Já que nossos olhos não podem mais se encontrar
Que eles olhem na mesma direção de alguma forma
Por aproximadamente 90 minutos eu faço idéia de como você se sente
Sei se vai passar a semana bem ou emburrado, colocando desaforos no MSN
Depois do jogo, não sei se você sai do estádio ou sai da sala
Seja onde for, mesmo que você não saiba, espero você silenciosamente para a próxima partida.