quinta-feira, 26 de março de 2009

Filosofia Romântica

"Cada hora perdida na profusão incômoda e efêmera da beleza dos modelos pré-estabelecidos
é um segundo de beleza real não apreciada.
A arte, faz um tempo, nos ensinou que devemos ver a beleza em suas escalas transitórias, e não em moldes fixos.
Mesmo assim, belo não é o que é belo em si, e sim o que é belo para quem vê.
Uma flor perdida em campos extensos, mesmo os campos extensos, só são belos
quando alguém os vê.
Se não houver alguém que perca seus olhos nas imensidades, ou nas infinitas tonalidades
que podem ocorrer numa flor, a flor e os campos não serão belos...Nem mesmo existirão."

(João do Mar)



Quando te vi, te achei bela
Logo, tornou-se bela para mim, e para aqueles que eu fazia ver de acordo com a minha visão
Teus traços curvos, teus olhos, pele branca
os defeitos, as pequenas imperfeições, compõem o caos da tua beleza
Que aos meus olhos ( apaixonado que sou) transfiguram-se em uma ordem harmônica
e profundamente irresistível, tal como o mar revolto, a ressaca
embrulhando as vagas nos beirais, agredindo as pedras, uma bagunça sem fim!
mas mesmo assim visto pelos olhos ,não dos navegantes precavidos, mas sim dos românticos
e enamorados,esta bagunça transforma-se num tango natural,
na mais perfeita e reta conjugação do infinito.

(Zé Gabriel F.)


João do mar é um heteronimo

5 comentários:

Anônimo disse...

não adianta ser apaixonado sem ter poesia (ou adianta); ô homemzinho com graça...

Dênis Rubra disse...

Não adianta ter poesia e nao se apaixonar (ou adianta)
ê vida!
Parabéns pelo blogue!

Mariana Simões disse...

Não adianta ter poesia e nem se apaixonar (adiantaria?)se não há o outro, onde derramamos os olhos apaixonados e as promessas poetizadas...

"esta bagunça transforma-se num tango natural,
na mais perfeita e reta conjugação do infinito."

Lindo!

Ği disse...

Como sempre lindo post !

Unknown disse...

O João do Mar é realmente inspirador.