Amigas de infância, eu diria
Cresci com ela, a Poesia
Veio antes que eu soubesse tanta coisa
Mas eu fui tantas coisas conhecendo
E da doce Poesia me esquecendo
Deixei de regar com palavras
A amizade que nasceu cedo
Brigamos.
Ela me deu as costas
Eu parei de procurá-la
E eu lhe dizia: -Confusa!
Ela a mim:- Ingrata!
Peguei-me com a dona Prosa
Ficamos íntimas, quase irmãs
Um amor que só se vendo
Nenhuma poesia escrevendo
Por anos assim, magoadas
Eu sem coragem de encará-la
Até que a Prosa disse
Que era preciso insistir
Que a tal amiguinha é teimosa
Mas valeria investir
E então, tomada de saudade
Abri-me à inspiração
Em prol da bela amizade
E fui pedindo perdão
Com pequenas frases
Sem rima e sem beleza
O verso era uma pobreza!
Mas feito de coração
E então fizemos as pazes
Mas estamos ainda em processo:
Ela fica mais disposta
Eu lhe ofereço uns versos
Mas preciso investir mais tempo
E ter muita dedicação
Senão ela parte de novo
E me deixa com a Prosa na mão.
2 comentários:
Avise pra Prosa que eu ainda tenho que ter uma com ela.
Diga à poesia que se ela quiser, eu caso.
Oi Mariana ! Muito legal o Blog todo ! Quando puder me visite em www.kinokonversa.blogspot.com ! Gostei particularmente desta, mas algo me diz que podes descobrir que são ambas a mesma pessoa, ou podem se tornar. Beijão.
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